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sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Oficina Pontão do Eco - Circuit bending + metareciclagem



Depois da semana produtiva em São Paulo seguimos com Panetone para o Rio onde tivemos uma imersiva jornada no pontão da Eco, que é um laboratorio de midias, software livre, hardware, reciclagem da UFRJ. O pontão ja tinha entrado aqui no blog do azucrina records quando participamos de uma oficina de construção de radio transmissores durante o evento Copyfight- seminário de conhecimentos livres (post de 29 de abril de 2010).

Dessa vez o foco da oficina era reciclar e aproveitar objetos de computadores como hd's, cooler, placa de som, componentes, fios, fontes e transformadores para criar novos instrumentos ou incorporar a outras montagens de circuitos!



Voltando do pontão da Eco, no tunel tentando limpar os ouvidos de tanto noise com mais noise! rs. Essa na foto junto com o Cristiano é Lisa Kori (E.U.A), uma amiga da epoca da sound and music computing conference em portugal que veio estudar arte, midia e musica DIY no brasil. Para quem se interessar, o blog onde anda escrevendo as suas experiencias por aqui é este. Ela deve aparecer bastante por aqui nos proximos posts pois participou de todas as atividades conosco, além de se transformar potencialmente em uma colaboradora do site AZRECS.



Obrigada a galera do pontão da eco! Mais uma vez otima oficina e otima utilização do espaço!

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

PLUG + PD Objects



Plug é uma festa que acontecia no Rio algum tempo atras, criada para abrir espaço para projetos, bandas e produtores de musica eletronica independente. Ai vão algumas imagens das edições anteriores no site do gerador zero. Plug esta de volta agora proporcionando espaço para algumas bandas e projeto de musica eletronica e live image que utilizam a plataforma do Pure Data para criar.

O pD Objects é um projeto onde 5 pessoas utilizam diferentes objetos construidos no programa para criar uma ambiencia que passa do experimental, ao ambient e ao jungle ou breaks contando com samplers, loopers e sintetizadores e por outro lado instrumentos q utilizam sensores e programações interativas.

Alem disso, haverá uma discotecagem Azucrina Records com musicas de netlabel, creative commons, experimentais.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Plano B - Rio de Janeiro



Plano B é um espaço para performances, shows, filmes, exposições e loja de discos e vinis no Rio. Estando aqui no Rio nesse ultimo mes, tive oportunidade de ver muuuitas apresentações no espaço, que, posso garantir, não tem igual em Belo Horizonte. Exceto os discos que estão a venda, tudo é muito de graça ou então bem barato.

Nesse país onde cds e discos de vinil importados são tão caros e tudo sempre muito mediado por grandes empresas, o Plano B é uma guerrilha cultural em plena atividade bélica. O dono, Fernando, é um monstro e enciclopédia da musica experimental, rock, eletronico e sei lá mais o que. É ele mesmo que te indica os discos a ouvir e insiste que vc os leve para casa para escutar antes. Sim, antes. Quer copiar os discos? Faça o que vc querer. Enquanto estiver lá, pode ficar curtindo o espacinho caseiro na area lá dentro ou então na rua mesmo, como é de praxe na Lapa, porém, nada se ouve em todo o Rio parecido com o que vem de dentro do Plano B!



Muitas figuras de peso e de leveza, de experiencia e de imaturidade passam por aqui para se apresentar. Qualquer banda experimental de industrial sueco, a Djs étnicos da Africa, passando por aquele muleke da Lapa que tem um projeto com guitarras e pandeiros com sintetizadores e até doutorandos em musica e instrumentistas que se apresentam com free jazz e musica eletroacustica. Plano B é um espaço livre para performances livres, com entrada custando R$0 e cerveja muito barata.

Bom, é nesse espaço que venho fazendo um curso do software open source para Audio e Video chamado Pure Data. O curso terminou e agora na sexta feira é nossa apresentação-improvisação com os instrumentos construidos. De samplers controlados via arduino a sintetizadores Wavetable, de filtros especiais para transformar onibus e freios a mixers com mandadas de efeito dignos de uma mesa de som profissional! Tudo feito por nos mesmos...todos os caminhos..todas as conexões. Só tetéia! rs



segunda-feira, 30 de novembro de 2009

The Dirty Projectors



Ontem aqui no Rio, em pleno domingo de gritaria com o flamengo vencendo o campeonato brasileiro contra o Corinthians, me surpreendi com a musica pop. Convidada para ir a um show de uma banda indie do brooklyn, NY, fui somente pela alegria de ver um showzinho em um teatro meio abandonado (reformado) na Lapa. Os Dirty Projector fizeram bonito no Goiânia Noise antes de vir para o Rio então criou-se uma expectativa transviada, ja que as musicas no myspace deles não são, digamos, muito bem escolhidas. Acreditei na performance ao vivo, que, as vezes, realmente faz a banda.

Muito simpática, a banda sobe ao palco já causando impacto forte (sem a menor intensão). A formação tem 3 meninas e 3 meninos. Cada um de uma altura, com uma cara, com um estilo, parecendo todos meio primos de 2 grau. Na primeira musica ja caiu meu queixo e talvez minha guarda. O guitarrista principal Dave Longstreth se mostra um louco atonal com formacao erudita e carinha de namorado inofensivo; sua companheira ao lado tocando ao mesmo tempo um sintetizador, uma guitarra e fazendo duo vocal com as outras duas meninas chocam com a harmonia das vozes. A menina com carinha de boa moça e sapatilha nao engana quando observamos um copo de whisky ao lado do sintetizador e umas tatuagens no antebraço dedilhando e caminhando no braço da fender telecaster como se não houvessem trastes e limites. Em uníssono e dissonância fazem uma harmonia estranhíssima (ainda que absurdamente feliz) com as microfonias das guitarras.

Realmente fiquei impressionada em notar como a musica Pop (rock) se perdeu no limbo dos clichês. Os Dirty Projector simplesmente tem um som completamente pop e feliz sem utilizar dessas formulas vencidas. A maioria dos tempos fortes e viradas não eram no "1", nenhum instrumento tocava as mesmas coisas, cada um ocupava seu próprio lugar no campo harmônico e de frequências, as musicas não eram 4 x 4, os vocais eram mais preocupados em soar como buzinas e pássaros do que como cancões com letras. Ou seja, utilizavam formas eruditas (que soavam as vzs ate medievais) mas com uma energia e expressividade pops, sem frescuras e colarinhos apertados. Todos os músicos tocavam todos os instrumentos e se revezavam, totalmente imersos na própria musica e interpretando cada acorde. Para arrematar o show, fizeram 3 versões de musicas do black flag, estas levaram os desavisados a perder toda a guarda e noções do que ainda pode ser feito no pop rock.



Em um cantinho, no segundo andar, duas caras conhecidas porem escondidas sorriam de uma orelha ate a outra, completamente perturbados pela aquela sonoridade experimental popular que outrora existiu no brasil nos anos 70. Sabe quem eram essas duas caras? Caetano Veloso e Arto Lindsay, com seus cabelos grisalhos, igual dus crianças com olhinhos vidrados naqueles jovens atrevidamente felizes no palco.

link para o disco

Dirty Projectors official label

quarta-feira, 25 de março de 2009

Radiohead-RJ



O show foi na Praça da Apoteose, a própria localização e nome do local já induziam a grande catarse que foi o show, com 24.000 pessoas. Para aqueles que são fãs incondicionais do Radiohead, esse show simplesmente foi um momento único na vida. Aqui no Brasil somos pouquíssimas vezes presenteados com a dadiva de ver nossas bandas (grandes) preferidas durante sua vida útil. Geralmente vemos as bandas depois que eles já estão com uns 50 anos, terminaram e reuniram umas 15 vezes. Ate então as únicas experiencias de bandas, shows e djs que eu tinha vivido eram do tipo ver uma banda efêmera que você gosta (das milhões se existem por ai) e curtir o som, ver coisas desconhecidas e ser surpresa ou então bandas fazendo covers, ou djs fazendo play das suas musicas favoritas. Preciso dizer que, sendo Radiohead minha banda favorita há quase uma década, das bandas que acompanhei a historia no meu tempo de vida, não tem como explicar a sensação de colocar no mesmo espaço e tempo audiovisual minha presença e a presença deles, performando as musicas que amo ao vivo. Ai esse Brasil as vezes e por tanto tempo tao longe dos shows faz agente mistificar tanto algumas coisas neh? Mas eh isso ai, com o coração apertado e as pernas bambas, as luzes se apagam e a estrutura de palco montada para o principal show da noite começa a se revelar.



O palco era composto de vários tubos que pareciam um orgão antigo. Refletores de LEDs gigantes no fundo iluminavam e davam os efeitos In Rainbows sincronizados com a musica. Tudo bem intenso mas ao mesmo tempo minimal. Os efeitos e mistura de cores não eram repetidos em todas as faixas. Eram cuidadosamente disparados de acordo com a atmosfera de cada musica. O sistema de luzes foi desenhado por Andy Watson, que trabalha com a a banda desde 1993.Eles pediram para que desenvolvesse um sistema econômico que usa 30% da energia usada em luzes convencionais.
Junto a esse esquema, havia a projeção e manipulação ao vivo de câmeras localizadas em diversos pontos do palco como nos microfones ou no alto. Esse posicionamento dava um caráter muito intimista aos vídeos que revelavam o set de pedais e equipamentos dos músicos, as expressões, os instrumentos, etc. Mais ou menos parecidos com o posicionamento de câmeras do vídeo do In Rainbows Jigsaw Falling Into Place (thumbs down version)



Havia um Vj manipulando essas imagens ao vivo, fazendo montagens e interferindo nas cores. O ponto alto da manipulação dessas câmeras e ângulos foi durante You and Whose Army, onde a câmera ficava na ponta do microfone onde Thom cantava no piano,
olhando com seu olho torto no fundo dos olhos de cada um dos presentes. Por mais contraditor que pareca, foi um puríssimo e sincero golpe de marketing. Rs! Essas imagens são da câmera fotografando o computador do VJ. E a musica foi precedida da seguinte frase do Thom "essa eh para os estados unidos que acham que podem ficar fudendo com vocês".




Qualquer Estados Unidos ou forcas que esmaguem nossas conspirações noturnas..

You and Whose Army
Come on, come on
You think you drive me crazy
Come on, come on
You and whose army?
You and your cronies
Come on, come on
Holy roman empire
Come on if you think
You can take us all on

You forget so easily
We ride tonight
Ghost horses
We ride tonight
Ghost horses..

Bom, o setlist foi beeeem diversificado, incluindo musicas que eles nao tocavam há anos em seus shows. Fizeram um passeio pelos seus 7 discos, tocando o In Rainbows completo. De acordo com o guitarrista Ed Obrien, eles se surpreenderam com o conhecimento que o publico parecia ter de todas as musicas e todas as letras. Eu mesma devo ter incomodado varias pessoas ao meu redor pois não parei de esguelar nem um minuto, tive que mudar de lugar varias vezes durante o show por ser "incompreendida" pelas pessoas ao meu redor. Mais para o meio eu e alguns amigos fanáticos achamos um lugar la na frente, do lado esquerdo, onde podíamos cantar, gritar e pular junto com pessoas que sentiam o mesmo. Ed disse que do palco, a sensação que tiveram eh que as musicas mais intensas para o publico foram There There, Paranoid Android, Creep, Airbag, Idioteque e 15 Step. Para conferir essas e outras informacoes, tem uma entrevista exclusiva para o multishow com o chato do Edgard MultiGlobal aqui. Mas por curiosidade vale a pena ver, ainda mais que foi a única concedida pelo Thom Yorke no Brasil. De qualquer forma, se eu fizesse uma entrevista com eles, não saberia o que perguntar de cara. Ao perguntar para algumas pessoas o que elas fariam frente a frente com eles, obtivemos algumas respostas bizarras como "eu só queria dançar com o Thom Yorke" ou então "ah, eu acho que eu queria colocar eles para dormir depois do show, fazendo muito carinho!" RS! O que você perguntaria para o Radiohead:

Aqui vai o setlist oficial do Rio>


Outras curiosidades foram as exigencias que fizeram para os camarins. Caseiros e saudáveis, colocaram frutas como pedido de prioridade. Na lista:
- 10 bananas,
- 10 maçãs,
- 5 laranjas,
- 6 limões,
- 10g de gengibre fresco,
- 1 cacho de uvas,
- 3 pêssegos,
- 3 nectarinas,
- 3 peras,
- 500g de frutas vermelhas variadas (framboesas, amoras e morangos) e
- 1 cesta grande de vegetais contendo 1kg de cenouras frescas, 4 beterrabas e 1 maço de aipo.
Pediram tambem 5 camarins. Dois para a banda passar o tempo, com geladeira, sofás e poltronas. Um como sala de jantar, outro que serviou de sala de meditação e o quinto somente para massagem.
Entre outros pedidos tiveram tambem uma garrafa de vodka, 1 de vinho branco e 2 de tinto, todos nacionais.

coisas veias