Os convidados a tocar nessa festa são alguns velhos conhecidos e parceiros firmeza do Azucrina como o Retrigger e o Pequena Morte, mas a novidade vai mesmo eh para a estreia e re-estreia de duas outras bandas.
Essa ja existe ha alguns anos porem esteve parada por motivos de força maior nos ultimos 6 meses. Agora para esse reveillon temporão e para explodir com força total em 2010 eles estao de volta com alguns membros e instrumentos novos. Estamos todos muito curiosos para ver interpretações novas das musicas antigas e, claro, para ouvir as novidades!! Veja o video de Le Fou, tocada no BPM Belo Horizonte em 2007.
Assim como o Fusile divide baterista com o Muda e com o L'est, o Freaktioners tambem divide integrantes com o Fusile. Tem estado bem fertil o território para as bandas em Belo Horizonte e para a galera do Azucrina!
Freaktioners eh um live de musica eletronica que mistura electro, jungle e rock and roll feitos por computadores e instrumentos de sopro! O Freaktioners alem de estreiar seu álbum novo The Fall of The Fancy, abre em BH o inicio de uma turnê que vai acabar só dia 26 de fevereiro na Itália, depois de passarem a partir de DEzembro pela Espanha, Holanda, Alemanha, França e Inglaterra!
Reveillon Azucrina studio bar - r. guajajaras, 842 (esq com são paulo) - centro
A orquestra foi o resultado do workshop de circuit bendingGambiologia + Marginalia Lab, nucleo de pesquisa que esta proporcionando o desenvolvimento colaborativo de diversos projetos de pesquisa em arte e tecnologia.
Os participantes "bendaram" ou modificaram diversos brinquedos como o ursinho acima que passou a rezar o Pai-nosso mais demoniaco dos ultimos tempos de crise, a guitarrinha feliz e colorida que foi sujada e distorcida com um efeito FuzzFace, refizeram alguns projetos classicos do circuit bending como o Atari Punk Console (ja postado aqui anteriormente repetidas vezes) e ainda foi construido um mixer pra dar conta de tanto cabo espalhado pelo palco.
O pessoal da orquestra Gambionalia ficou meio sem jeito na hora da apresentação (as meninas nem subiram no palco! tsc tsc). A maioria das pessoas não estava muito ou nada acostumada a apresentar uma improvisação de ruidos e barulhos estranhos então o acrescentando a camera na jogada, o pessoal ficou timido demais pro tanto de barulho que esses monstrinhos estavam fazendo! Mas na proxima, ah se preparem gambiologos! (mais no final do video da pra ver detalhes melhores do que cada instrumento fazia!)
Na ultima quinta feira, teve um show da banda Muda, dos integrantes AzRecs em BH! O show foi um convite surpresa portanto, teve um "que" de correria pra agregar amigos, banda, instrumentos e tudo mais! De acordo com os amigos foi o melhor show, desde o ultimo em Julho. Tinhamos 3 musicas novas e apresentamos o mais recente brinquedinnho. Um mini sintetizador da marca Faça-vc-mesmo-seu-circuito. O esquema era do Atari Punk Console, montado na oficina de gambiologia.
Cocão, moendo a bateria!
Guilherme, costeletas e linhas de baixo amarrando tudo
Manuel na clarineta, sintetizador e Vanessa na guitarra
A caixa da nossa batera foi azucrinar as orelhas italianas e mandou notícias fresquinhas de Verona: A banda foi tocar no Festival Onirica.
Onirica porque o festival é baseado no sonho se usar a música e a arte para acordar uma consciencia ecológica sustentável.
Reduzir o impacto dos nossos hábitos no ecossistema já não é uma simples escolha, mas uma urgência que requer de nós para o nosso planeta. A atenção às suas atividades diárias é um grande passo que cada um de nós pode fazer para ajudar a melhorar a vida de todos.
Ainda não temos uma alternativa ecológica para cruzar o atlântico rapidamente (a alternativa ainda é passar 3 meses num navio, num rola, né?), mas esperamos que num futuro próximo possamos contar com aviões menos poluentes para facilitar o transporte transatlântico!
Na medida do possível, todo material do evento foi pensado de modo a:
- Utilizar materiais reciclados ou pelo menos recicláveis - Usar o que já era existente no local, adaptada às necessidades e reduzir a produção de novos resíduos (por exemplo, utilizar os serviços já presentes no local); - Utilizar as luzes LED para iluminação de concertos e shows; - Toda a promoção com papel reciclado; - Camisas de algodão-ecológico, impressas com tintas naturais, sacos de plástico reciclado, etc. - Alimentação e bebidas orgânicas ou "0 km" (poluição do transporte minimizada); - Cuidar e promover a recolha de resíduos de eventos e visitantes; - Fortalecimento do mercado ecológico local (na medida do possível, associar sempre a pessoas empresas que se preocupem com o meio-ambiente)
Pequena Morte tocando pros italianos: o azucrina (segundo da esquerda pra direita) destruindo no trompete.
Quem é próximo sabe que estou de férias. Em ritmo de férias. Mas recebi a missão falar sobre o desbravamento do bananada e aqui vou.
Eu, Batista e Leo Pyrata fomos chamados para participar do evento e prontamente respondemos que iríamos. Nosso primeiro show fora de BH, na Dallas brasleira(Goiania)
O festival começava na sexta e ia até domingo, dia que o Grupo Porco foi escalado. Infelizmente somos pobre e não fomos na sexta pra conferir o evento. Pelo que parece foi muito bom, mas não estava lotado como em edições anteriores. Eu não estava lá. Ainda estava em BH pegando um ônibus para chegar no sábado pela manhã.
Treze maravilhosas horas de viajam depois, chegávamos em Goiânia. Recepção de rockstar, com direito a van e duas belas garotas nos esperando. Nessa hora eu lembrei que em BH, o pessoal do meu trabalho, estava num congresso sobre internet/tecnologia da informação. A vida é interessante.
Durante o sábado bebemos e dançamos o reggae durante o dia. Confesso ter me empolgado muito com a dança.
A noite fomos no evento. Assumo estar muito bêbado. Lembro de ver pedaços de shows, não me pergunte nomes. Não lembro. Acabei pegando um táxi e fui para o hotel dormir decentemente.
No domingo acordei bem cedo e fiz meu Tai Chi Chi e saí pra tomar o café. Se tem uma coisa legal e ver um tanto de doidão pela manhã. Todo mundo com cara de que o o rock foi bom.
Levamos o domingo tomando cerveja e ensaiando umas coreografias para o show. O dia passou rapidinho. No final da tarde fomos para o Martim Cererê. Tava com um puta frio na barriga. Resolvi isso com cerveja.
Fomos a quarta banda a tocar. O dia não estava cheio como o anterior. Foda-se. Tocamos o carnagrind na galera. Tem confete nas minhas coisas até hoje. Vale frisar que o público fez uma tremenda cara de WTF pro nosso show. O bagulho é louco.
O domingo ainda teve muitos shows. Não lembro de nenhum. Fiquei comemorando o primeiro show como se não houvesse amanhã. Mas teve. Era dia de voltar pra casa encarando a viagem de 13 horas.
O show foi na Praça da Apoteose, a própria localização e nome do local já induziam a grande catarse que foi o show, com 24.000 pessoas. Para aqueles que são fãs incondicionais do Radiohead, esse show simplesmente foi um momento único na vida. Aqui no Brasil somos pouquíssimas vezes presenteados com a dadiva de ver nossas bandas (grandes) preferidas durante sua vida útil. Geralmente vemos as bandas depois que eles já estão com uns 50 anos, terminaram e reuniram umas 15 vezes. Ate então as únicas experiencias de bandas, shows e djs que eu tinha vivido eram do tipo ver uma banda efêmera que você gosta (das milhões se existem por ai) e curtir o som, ver coisas desconhecidas e ser surpresa ou então bandas fazendo covers, ou djs fazendo play das suas musicas favoritas. Preciso dizer que, sendo Radiohead minha banda favorita há quase uma década, das bandas que acompanhei a historia no meu tempo de vida, não tem como explicar a sensação de colocar no mesmo espaço e tempo audiovisual minha presença e a presença deles, performando as musicas que amo ao vivo. Ai esse Brasil as vezes e por tanto tempo tao longe dos shows faz agente mistificar tanto algumas coisas neh? Mas eh isso ai, com o coração apertado e as pernas bambas, as luzes se apagam e a estrutura de palco montada para o principal show da noite começa a se revelar.
O palco era composto de vários tubos que pareciam um orgão antigo. Refletores de LEDs gigantes no fundo iluminavam e davam os efeitos In Rainbows sincronizados com a musica. Tudo bem intenso mas ao mesmo tempo minimal. Os efeitos e mistura de cores não eram repetidos em todas as faixas. Eram cuidadosamente disparados de acordo com a atmosfera de cada musica. O sistema de luzes foi desenhado por Andy Watson, que trabalha com a a banda desde 1993.Eles pediram para que desenvolvesse um sistema econômico que usa 30% da energia usada em luzes convencionais. Junto a esse esquema, havia a projeção e manipulação ao vivo de câmeras localizadas em diversos pontos do palco como nos microfones ou no alto. Esse posicionamento dava um caráter muito intimista aos vídeos que revelavam o set de pedais e equipamentos dos músicos, as expressões, os instrumentos, etc. Mais ou menos parecidos com o posicionamento de câmeras do vídeo do In Rainbows Jigsaw Falling Into Place (thumbs down version)
Havia um Vj manipulando essas imagens ao vivo, fazendo montagens e interferindo nas cores. O ponto alto da manipulação dessas câmeras e ângulos foi durante You and Whose Army, onde a câmera ficava na ponta do microfone onde Thom cantava no piano, olhando com seu olho torto no fundo dos olhos de cada um dos presentes. Por mais contraditor que pareca, foi um puríssimo e sincero golpe de marketing. Rs! Essas imagens são da câmera fotografando o computador do VJ. E a musica foi precedida da seguinte frase do Thom "essa eh para os estados unidos que acham que podem ficar fudendo com vocês".
Qualquer Estados Unidos ou forcas que esmaguem nossas conspirações noturnas..
You and Whose Army Come on, come on You think you drive me crazy Come on, come on You and whose army? You and your cronies Come on, come on Holy roman empire Come on if you think You can take us all on
You forget so easily We ride tonight Ghost horses We ride tonight Ghost horses..
Bom, o setlist foi beeeem diversificado, incluindo musicas que eles nao tocavam há anos em seus shows. Fizeram um passeio pelos seus 7 discos, tocando o In Rainbows completo. De acordo com o guitarrista Ed Obrien, eles se surpreenderam com o conhecimento que o publico parecia ter de todas as musicas e todas as letras. Eu mesma devo ter incomodado varias pessoas ao meu redor pois não parei de esguelar nem um minuto, tive que mudar de lugar varias vezes durante o show por ser "incompreendida" pelas pessoas ao meu redor. Mais para o meio eu e alguns amigos fanáticos achamos um lugar la na frente, do lado esquerdo, onde podíamos cantar, gritar e pular junto com pessoas que sentiam o mesmo. Ed disse que do palco, a sensação que tiveram eh que as musicas mais intensas para o publico foram There There, Paranoid Android, Creep, Airbag, Idioteque e 15 Step. Para conferir essas e outras informacoes, tem uma entrevista exclusiva para o multishow com o chato do Edgard MultiGlobal aqui. Mas por curiosidade vale a pena ver, ainda mais que foi a única concedida pelo Thom Yorke no Brasil. De qualquer forma, se eu fizesse uma entrevista com eles, não saberia o que perguntar de cara. Ao perguntar para algumas pessoas o que elas fariam frente a frente com eles, obtivemos algumas respostas bizarras como "eu só queria dançar com o Thom Yorke" ou então "ah, eu acho que eu queria colocar eles para dormir depois do show, fazendo muito carinho!" RS! O que você perguntaria para o Radiohead:
Aqui vai o setlist oficial do Rio>
Outras curiosidades foram as exigencias que fizeram para os camarins. Caseiros e saudáveis, colocaram frutas como pedido de prioridade. Na lista: - 10 bananas, - 10 maçãs, - 5 laranjas, - 6 limões, - 10g de gengibre fresco, - 1 cacho de uvas, - 3 pêssegos, - 3 nectarinas, - 3 peras, - 500g de frutas vermelhas variadas (framboesas, amoras e morangos) e - 1 cesta grande de vegetais contendo 1kg de cenouras frescas, 4 beterrabas e 1 maço de aipo. Pediram tambem 5 camarins. Dois para a banda passar o tempo, com geladeira, sofás e poltronas. Um como sala de jantar, outro que serviou de sala de meditação e o quinto somente para massagem. Entre outros pedidos tiveram tambem uma garrafa de vodka, 1 de vinho branco e 2 de tinto, todos nacionais.