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segunda-feira, 18 de maio de 2009

Ato em prol da loja grátis

Pra quem ainda nao conhece, a Loja grátis funciona no último andar do mercado novo.
É um espaco onde as pessoas podem deixar o que nao é mais útil, mas ainda funciona e pode servir a outros.
E pode pegar para si o que precisar, sem ter que deixar nada.
É difícil de entender, mas a loja funciona SEM DINHEIRO, SEM TROCAS,
apenas através do livre e espontâneo ato de "passar pra frente" aquilo que AINDA FUNCIONA mas nao serve...

quem já foi ao mercado novo já deve ter imaginado como deveria ser bom tocar lá,
um elefante em costrucao e ruina. Um prédio onde o trânsito entra, saem servicos e que as pessoas nem veem,
O ato cultural teve como objetivo reforcar a existencia da LOJA GRÁTIS aproveitando o espaco inusual do mercado novo para convivencia de diversas pessoas interessadas em modos alternativos de conviver...

Nao se tratou de um evento centralizado, mas sim da iniciativa conjunta de diversos coletivos de BH.
O Azrecs participou fazendo acontecer o som e tudo rolou muito macio e diverso!
o mais legal é perceber que existe publico para esse tipo de atividade menos convencional...
e que nao se sabe de onde, mas surgem dezenas de pessoas que nunca se viu antes.
e gente querendo ver coisa boa e variada, participando ativamente, nao só aparecendo lá como
meros espectadores, mas gente que se sente parte e percebe que na verdade tudo muito simples,
basta juntar e fazer! e as coisas acontecem...

estamos cada vez melhor em arrancar da manga essas improvisaçoes e tornar profi nossas intervencoes sonoras em lugares inusitados. Porque sera que os movis debaixo do viaduto, no mercado, na ponte a galera delira? será que estamos diante do florecimento de uma nova era na vida do rock e do DIY na tao tediosa belo horizonte?

Amigos (vide Medroso) e namoradas (vide Jennifer) ajudaram sem limites! Ducarai! ;)
E no final rolaram varios ajudantes voluntarios!!!
O som das PA´s e batera ficou fino. A mesinha de som rolou tranquila, registros abundantes, vai dar pra fazer um video honesto sobre o acontecimento inteiro,

Magica!!!!! tao inusitado! fogo virando água virando confeti, poesia e mic aberto, rolaram varias atitudes e palavras legais, junto com improvisacoes no som e tudo mais, jams improvisadas entre músicos desconhecidos, espaço aberto para pessoas fazerem qqr coisa, correr, brincar, andar de skate, grafitar, rap!

Paia foi ter rolado uma falha na subsistencia (nao tinha água de graca e banheiro decente),
o estacionamento, aliás o mercado virou um grande estacionamento, é caríssimo e a logistica dos transportes ficou afetada...

mas de resto, foi só alegria, e um por do sol naturalmente pixelado inenarrável...



vejam mais fotos no flickr ao lado >>>

Para acessar a Loja Grátis

segunda-feira, 13 de abril de 2009

UBU







Pra quem ainda não conhece UBUweb é um extenso banco de dados online desde 1996. Uma espécie de arquivo do que já foi feito e ainda está sendo feito por qualquer estirpe de vanguardistas, etnopoetas e outras sortes de artistas malditos.

É uma iniciativa totalmente independente e garantida pela própria equipe de voluntários da UBU. O único apoio que recebem é de faculdades e parceiros que oferecem espaço nos servidores. Não há fins comerciais e o acesso é totalmente gratuito. Se recusam terem propagandas e anunciantes. E como o único gasto de fato é a hospedagem do site, eles rateiam os custos entre eles mesmos e não sobra conta pro usuário! Doido, não?!


O mais interessante é a ideologia do grupo, entre as FAQs do site estão:

"Como eu faço pra comprar algo exposto no site? Você não faz. Nada está a venda na UbuWeb. É tudo gratuito. Nós sabemos que é difícil de se acostumar com isso, mas não tem nenhuma loja de lembrancinhas esperando por você na saída deste museu."


E também não se importam muito com direitos autoriais: pirateiam na marra e incentivam o uso livre do conhecimento:

"Eu posso usar algo postado na UbuWeb no meu site, num trabalho, num projeto, etc.? Claro. Nós postamos muitas coisas sem permissão; nós também postamos muitas coisas com permissão. Portanto, nós te damos permissão para pegar o que você quiser, mesmo que, em muitos casos, nós não tenhamos permissão nenhuma para postar certas coisas. Nós usamos mesmo assim. Você também deveria fazer isso."

Só no caso de algum aRRtista (sic) reclamar seus direitos, eles retiram de circulação o conteúdo automaticamente. Na maior parte dos casos, porém, os próprios artistas ficam muito felizes ao verem suas obras expostas de maneira cuidadosa em um ambiente simpático a elas.
A intensao deles é dotar o público de um acervo e releases substanciosos, e não dificultar a vida de quem tem materiais que ainda estão em distribuição e a preço acessível. Daí, só são a favor da pirataria de materiais que estão fora de circulação, ou que são de difícil acesso, ou absurdamente caros.

E mais, se recusam a mandar spams, para eles, se você quiser se informar a respeito do que está sendo feito basta você entrar no site e se atualizar, ou se alimentar do RSS deles. Cabe o interesse de cada um:

"A UbuWeb se recusa a se auto promover ou fazer anúncios. Mas, principalmente, nós detestamos a ideia de encher caixas de entrada com mais material não requisitado."

Vale muito a pena se embrenhar no site e ver uma dos primeiros exemplares de poesia concreta (1516), ainda em grego, passando pelo brazuca Haroldo de Campos e indo até obras contemporâneas e interativas com o uso do flash.
Como a site é extensissimo não dá pra aqui ficar falando de cada seção. No entanto, o acervo de Sons é incrível e conta com fósseis da técnica de gravar sons como as primeiras poesias sonoras do poeta francês Apollinaire (1913) ou do futurista Luigi Russolo (também 1913), musica concreta, tangos, musica eletronica, Fluxus, Beatniks, minimalistas, Plunderphonics, sampleagem, digital glitch dentre outras milhares de formas da arte sonora...


Para acessar: www.ubu.com
e direto ao banco de sons

coisas veias