terça-feira, 23 de junho de 2009

“Pirataria” ou a mudança no modelo de se adquirir bens culturais

Azucrina Records apoia novos modelos de distribuiçao, alem de velhos modelos de subversao!! Nao ao lobby do copyright!

1. O problema da escassez resolvido. O que determina o valor de mercado de um bem é a sua escassez. Quanto maior a raridade de um bem, maior será o custo para adquiri-lo. Assim, adquirir um livro antes da invenção da imprensa era razoavelmente caro porque a reprodução do mesmo dependia do trabalho limitado e manual de copistas. A evolução tecnológica do século XX permitiu que as informações fossem digitalizadas e reproduzidas infinitamente. Logo, o valor de mercado de bens que podem ser digitalizados teve uma queda natural segundo “as regras do mercado”. A indústria cultural não se adaptou a este novo cenário: em vez de abaixar o preço dos bens culturais e torná-los compatíveis com a nova realidade, tomou o caminho oposto e declarou a cópia digital sua inimiga.
2. Monopólio da distribuição quebrado. A internet revolucionou cada setor da atividade humana, provando ser uma ferramenta de potencial quase inesgotável. No início, era aconselhável a qualquer empresa pôr seu negócio na internet como fonte de renda extra. Hoje, é obrigatório ter um espaço online. A indústria cultural teve uma iniciativa tímida neste sentido, o que propiciou o surgimento de uma nova forma de distribuição para os arquivos que podem ser copiados digitalmente: o P2P, um método de compartilhamento de arquivos flexível que supre as necessidades que a indústria cultural foi incapaz de suprir.
3. Redes colaborativas. Por fim, há a consolidação de uma nova espécie de comportamento na internet: a colaboração entre as pessoas para se atingir um fim comum. Tome-se, por exemplo, o caso do linux e do software livre: necessidades comuns de programadores e usuários de computador foram sanadas colaborativamente. A boa notícia é que este comportamento cresceu em adeptos e ultrapassou a esfera técnica – hoje há redes colaborativas para tudo que se possa imaginar, inclusive para os setores de cultura e entretenimento. E, em tempos de globalização, ganham força as comunidades dedicadas a tradução e legendagem.

Em todos os países, o cenário é basicamente este: industrias culturais lutando para reprimir as praticas de uso e distribuiçao de audio, video e dados que as pessoas estao ativamente lutando para consolidar.

coisas veias